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quarta-feira, 24 de março de 2010

É uma lama!

Sabe quando a gente lê um artigo, que puxa outro e outro, daí você vai a uma palestra nada a ver com o assunto e cria algumas conclusões.
Começou lendo no acontecendoaqui.com.br a matéria sobre o PNDH (Programa Nacional de Direitos Humanos) no foco da comunicação. Baixei o arquivo e li o Decreto nº 7.037, de 21 de Dezembro de 2009. Acho exemplar um país que tenha tanta desigualdade social se preocupe em proteger os que não conseguem se defender. Achei fracas as questões principais da educação (quem está desenvolvendo?) e da segurança pública (sobre reaparelhamento da polícia e da internet para a justiça, o que já vem sendo feito, e não considera a necessidade da capacitação dos profissionais envolvidos). Talvez por ter sido construída por
Mas meu foco foi à questão inicial da comunicação. Em vários pontos a obrigatoriedade dos meios de comunicação abrir espaço para as informações de interesse público é muito pertinente. Acho até justo, visto que a comunicação também pode diminuir desigualdades brasileiras. Mas quando chega ao ponto crítico, sobre a organização dos meios de comunicação, que a coisa pega.
Claramente o Estado está criando mecanismos para o controle dos meios de comunicação, numa forma Keyniana (John Maynard Keynes – 1883 – 1946). Ele sugere a intervenção do estado na economia para garantir seu crescimento. Podemos identificar boas e más aplicações em três casos clássicos, julgue você mesmo: nos Estados Unidos o New Deal em 1929 por Roosvelt; na Alemanha em 1936 por Hitler; e no Brasil na década de 1970 pelo regime militar.
Num pais com essas desigualdades, com uma educação fraca, com policiais armados e juízes com excesso de trabalho, deveríamos agradecer ao quarto poder livre (os meios de comunicação). Eles podem, para o bem e para o mal, fazer um contra balanço das informações. Mesmo que digam que as “grandes” controlem, hoje temos uma enormidade de jornais de associações e agremiações, semanários, quinzenários e etc. rádios comunitárias, canais de televisão aberta e fechada, um sem número de revistas e a internet que permitem mais de uma fonte de informação. Mesmo assim os agentes públicos, principal alvo da imprensa, perpetram mandados de justiça contra a veiculação de matérias. Uso o exemplo do CQC de 23 de março sobre a prefeitura de Barueri e sua família de déspotas.
Portanto, salvo algum fato novo, julgo esta busca de uma intervenção branca um despropósito, uma ofensa aos profissionais e um retrocesso ao passado recente brasileiro.

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